Parece-me que todos desejamos saber quem somos.
Talvez seja por isso que existe o mercado das drogas e psicanalistas que nos retiram artificialmente este “insuportável” desejo transformando-nos em robots.
De forma análoga as religiões; os clubes desportivos; os partidos políticos e outros grupos sociais agrupam-nos em rebanhos e marcam-nos na pele uma identidade que nos anestesia. Mas que tal aceitar verdadeiramente o desafio de existir sem “mééés” e sem “chips”? Experimentar, por exemplo, o método da aceitação e observação de nós mesmos sem julgamentos ou preconceitos. Olhar simplesmente para dentro. Eu já experimentei.
//= generate_google_analytics_campaign_link("leitores_frequentes_24m") ?>Apercebi-me que a minha atitude perante o mundo (aquilo que sinto) nem sempre está em harmonia com o meu comportamento (aquilo que faço). E quanto mais me envolvo nesta aventura mais nítida fica a distância entre comportamento e atitude. E mais evidente se torna que é com o encurtar dessa mesma distância que mais perto estarei de mim e dos outros. Sei que muitos de nós intuem isto. Uns reconhecem a responsabilidade deste desafio. Outros têm medo, e fogem com o álibi de só terem tempo para serem ovelhas/robots. Qualquer caminho é autêntico e válido. Mas a questão que fica é: a quem convém cada uma das opções?
(texto publicado na edição de 22 de agosto de 2013)