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Sociedade

2020. O ano da pandemia

Estamos a despedir-nos de 2020, um duplo vinte, mas o número que mais ouvimos nos últimos 12 meses foi 19. A Covid-19 entrou de rompante nas nossas vidas no primeiro trimestre do ano, fazendo-nos questionar tudo: mudámos de hábitos, cancelámos planos, deixámos de ver quem queremos, perdemos rendimentos, as rotinas mudaram, arranjámos uma companheira chamada máscara e até passámos a lavar mais as mãos.

O ritmo de 2020 foi marcado pelo aproximar de uma ameaça silenciosa, invisível, indetetável e mortal, que começou longe e se foi aproximando até nos cercar e se tornar asfixiante – sobretudo, para a maioria, psicologicamente.

Mas, como comprova a história, há vida para além das anteriores e também desta pandemia, que a ciência dá mostras de estar a conseguir combater em tempo recorde.

Muitas notícias tiveram destaque nas primeiras páginas do REGIÃO DE LEIRIA em 2020. A pandemia é a óbvia protagonista, ou não fosse este um ano que ficará para sempre marcado na nossa memória – por causa dela. Mas há mais a rever neste ano que agora termina. É esse exercício que, aqui, convidamos a fazer.


Janeiro

As notícias que chegavam do oriente eram demasiado distantes para nos sobressaltar nos madrugadores dias deste ano. No final de janeiro, eram detetados os primeiros casos de um tal “novo coronavírus” na Europa e também surgia uma primeira referência local: o Politécnico preparava medidas para o regresso dos estudantes chineses que tinham viajado de Leiria para festejar o Ano Novo Chinês no país de origem. Mas 2020 dava os primeiros passos ainda confiante de que seria apenas “mais um ano”, com as empresas de moldes e plásticos a perspetivarem novas conquistas, o sector automóvel a prosperar no sentido de uma “nova era”, os salários em Leiria e na Marinha Grande a crescerem para valores pré-troika, Isabel Damasceno apontada à CCDR e a Bajouca a fazer frente à possibilidade de exploração de gás na freguesia. O ano arrancou também com a mancha da violência doméstica a fazer vítimas, o chumbo do alargamento da videovigilância em Leiria, os clubes de futebol de Leiria e Fátima em (crónica) crise e más notícias na demografia: 2019 terminara com menos partos no hospital de Leiria e algumas freguesias do distrito com zero nascimentos. A meio do mês uma reportagem do REGIÃO DE LEIRIA sobre o lixo provocado por algumas feiras e mercados da região deu que falar.

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Fevereiro

“Coronavírus. A ameaça global que ameaça o mundo”. A primeira manchete de fevereiro expunha o problema de uma magnitude que poucos julgaram possível. No epicentro do início da crise, leirienses na China contaram-nos o que se passava por lá. Por cá, sentiam-se os primeiros impactos económicos, com cancelamentos do turismo, nomeadamente em Fátima. E, já no final do mês, acompanhámos o drama dos trabalhadores da região retidos num cruzeiro no Japão, devido ao vírus que nos acompanharia e limitaria meses a fio. À margem disso, em fevereiro tomámos o pulso à restauração e à (ainda) dinâmica do sector que, no ano anterior, tinha promovido a abertura de 453 novos estabelecimentos no concelho de Leiria. E recordámos também o caso da morte do padre Marco, cuja investigação foi concluída, revoltando os pais da vítima. Revolta provocou também o esquecimento, durante oito horas, de uma criança de 2 anos numa viatura escolar em Porto de Mós. O drama da morte de pai e filho num acidente na Chamusca sensibilizou a comunidade local, sobretudo a de Amor, de onde eram naturais. Também em fevereiro anunciava-se a maior edição de sempre do festival Música em Leiria, do Orfeão. Mas esse seria um dos muitos eventos previstos para 2020 que sofreriam alterações significativas, adiamentos ou mesmo o cancelamento.

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Março

Ao terceiro mês do ano, a amarga surpresa guardada para 2020 deixava de ser um assunto “chinês” e entrava em definitivo nas nossas agendas, revolvendo as nossas vidas. Era a “crise mundial” a ter reflexos também localmente, com a suspensão, adiamento ou cancelamento de atividades, eventos, comemorações e celebrações e a ditar o encerramento de espaços e serviços públicos, escolas, comércio, restauração, deixando as ruas desertas. “Estamos em estado de guerra”, escrevia-se na edição de 19 de março, onde se adotava a iniciativa “Vai ficar tudo bem”, importada dos arco-íris à janela de Itália. A partir de meio do mês, as consequências e as medidas tomadas passaram a fulcro noticioso do REGIÃO DE LEIRIA, de toda a comunicação social e da comunidade em geral, como o comprovam as primeiras páginas aqui reproduzidas. À margem da Covid-19, apenas o eterno e por resolver projeto do aeroporto civil na Base Aérea de Monte Real (com Ourém a admitir a opção Tancos), o também incerto futuro das piscinas de São Pedro de Moel, e o presidente da Câmara de Pedrógão Grande a ser acusado de 60 crimes no âmbito do processo de reconstrução das casas atingidas pelos incêndios de 2017.

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Abril

Os efeitos do confinamento, a corrida aos ventiladores, o risco nos lares de idosos alimentaram um misto de medo pelo inimigo invisível e de esperança por melhores dias tomou que conta da região, do país e do mundo. Abril foi um mês crítico de reação ao novo coronavírus: depois do choque, houve que agir e procurar soluções, desde logo para a falta de máscaras de proteção individual. Em Leiria, empresas e voluntários mobilizaram-se para as fabricar e também o REGIÃO DE LEIRIA as ofereceu aos leitores. Nos vários concelhos foram surgindo centros de testes, que permitiram perceber melhor a dimensão da pandemia e aliviar a pressão sobre os hospitais. No Hospital de Santo André, uma homenagem aos profissionais de saúde marcou o mês em que quatro mil empresas da região aderiram ao regime de lay-off. À margem, a vida prosseguia como foi possível: em Leiria faziam-se contas à intervenção prevista para instalar um centro de negócios e outras valências no Topo Norte do Estádio Municipal e a liberdade conquistada a 25 de Abril foi celebrada num estranho e contranatura confinamento.

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Maio

A pandemia tirou a histórica Feira de Maio a Leiria, mas o mês ficou marcado sobretudo pela reabertura do comércio de rua e pelas medidas de higiene excecionais que permitiram a reabertura das escolas, no âmbito do chamado “novo normal”. Enquanto tal não foi possível, o modelo de telescola deu que falar, permitindo, a par das novas tecnologias, o retomar das aulas em grande parte dos casos. Mas o alarme social crescia já de semana para semana, com a revelação de centenas de pessoas em situação de necessidade, que tiveram de pedir ajuda para comer. Na Ortigosa, a população revoltou-se e manifestou-se contra o abate de árvores no Parque da Lagoa, revelando preocupações com o meio ambiente que, em toda a sociedade, precisam ainda de crescer para a região atingir as metas da reciclagem. No sempre presente debate em torno do futuro do Pinhal de Leiria, houve contestação ao atraso na recuperação da mata nacional, ardida em 2017. Na cultura, Ansião entrou no mapa dos espetáculos drive-in, fruto das produções com assinatura de Luís de Matos. Sem feira mas sempre guardada pelo seu Castelo, Leiria despertou para novos achados arqueológicos, que revelaram uma primitiva e desconhecida muralha. O mês terminou com boas notícias: 17 praias da região receberam Bandeira Azul.

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Junho

No sector da saúde, até ao sexto mês do ano, a pandemia obrigou ao cancelamento de 9.350 consultas e 547 cirurgias, lançando a preocupação para os doentes não-Covid-19. No mês em que se assinalaram três anos sobre os fatídicos incêndios de Pedrógão Grande e concelhos do norte, ficou a saber-se que o distrito de Leiria estava entre os piores nas estatísticas de limpeza preventiva de terrenos. E, também, que os municípios do Pinhal Interior perderam um quarto da população desde os anos 90. No que respeita ainda a manchas verdes, noticiámos que o Pinhal de Leiria rendeu ao Estado, nos sete anos anteriores ao fogo, 40 vezes o valor investido. No arranque do período de férias de verão, muitos portugueses foram impelidos a descobrir um Portugal desconhecido, “desconfinando” pelo país.

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Julho

Mais de 700 casos até julho era o registo da região relativamente à Covid-19. Entre os infetados esteve, pela primeira vez, o executivo da Câmara Municipal da Marinha Grande, obrigando ao isolamento de vários elementos. Na resposta às necessidades dos serviços de saúde, avançaram as teleconsultas nos centros de saúde. As máscaras revelaram-se uma oportunidade de negócio para as empresas têxteis da região, mas não só: outras ajustaram também as suas unidades e linhas produtivas às solicitações na área da saúde. A apresentação de uma “polícia anti-covid” gerou muitas críticas ao município de Leiria, enquanto a NERLEI apontava o dedo às medidas do Governo para a retoma. Ainda em julho, a Henrique Sommer, na Maceira, voltou a conquistar o campeonato das melhores escolas, três leirienses viram obras ser adquiridas pelo Estado para figurarem na Coleção de Arte Contemporânea nacional, o festival MAPAS percorreu “geografias de amor” pelo concelho de Leiria e o Cistermúsica resistiu em Alcobaça. A nível ambiental, alarme com a notícia da existência, ainda, de pelo menos 74 edifícios na região com cobertura de amianto.

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Agosto

O pico do verão permitiu alguma descompressão da pandemia: retomaram as atividades desportivas há muito paradas, apareceram propostas para férias e passeios em segurança a curta distância, o festival Cistermúsica esgotou todos os concertos. Mas as más notícias não pararam: os índices revelaram uma queda de 14% nas exportações do distrito, a hotelaria de Fátima atirava para 2021 a retoma e em Leiria fechava um supermercado devido a vários casos positivos de Covid-19.
Agosto foi também o mês de fazer o balanço do primeiro ano de presidência de Gonçalo Lopes, que substituira Raul Castro à frente do executivo municipal de Leiria. Um balanço negativo para a oposição, pelo investimento em “coisas menos importantes e menos necessárias”, ao que o presidente contrapunha com a atividade cultural do concelho, “referência a nível nacional”. Da cultura também vinham más notícias: anunciava-se para as principais escolas de música da região cortes para 80% dos alunos. Quase três anos depois do fogo do Pinhal de Leiria, o balanço chegava: a reflorestação está a ser lenta e repleta de críticas. No desporto, agosto trouxe o fim de uma instituição histórica em Leiria: o Centro Internacional de Ténis, substituído por uma nova entidade, o Racket Clube Sports Leiria.

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Setembro

Por cá, começámos setembro a denunciar uma situação habitual: Leiria cheira frequentemente mal e a poluição das suiniculturas responsável por isso continua sem solução. Setembro é tempo de regresso às aulas e, em contexto de pandemia, a abertura do ano letivo foi agitada pelas novas regras sanitárias. Com as rotinas alteradas, muitas crianças viram o entretenimento limitado às tecnologias digitais e este foi o mês de lançar o alerta: é preciso deixar as crianças brincar – sobretudo ao ar livre. Em setembro olhámos ainda para a moda de 2020: os baloiços que surgiram em paisagens panorâmicas da região, inspirando novos passeios. Uma dessas paisagens, a do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, perdia parte da sua biodiversidade com um grande incêndio no início deste mês. Noutra zona verde afetada pelo fogo, Pedrógão Grande, percebemos que, depois dos grandes incêndios de 2017, há o risco de tudo se repetir. Também na área ambiental, foi notícia a ação que um grupo de jovens – incluindo alguns da região – moveu contra governantes de países poluidores, por estarem a comprometer o futuro de todos. E por falar em futuro, olhámos para os planos para tornar as nossas cidades mais amigas das bicicletas e descobrimos que boa parte delas são promessas vãs. Estes foram ainda dias em que a luta na Bajouca somou pontos: a empresa que queria explorar o gás natural no subsolo desistiu do projeto.

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Outubro

O mês chegou com uma revelação do REGIÃO DE LEIRIA: Leiria vai ser Cidade Europeia do Desporto 2022. Nem de propósito, o ciclista João Almeida, das Caldas da Rainha, era recebido como herói após o brilharete na Volta à Itália. A alta velocidade da ferrovia também agitou a sociedade, com o anúncio de que Leiria teria uma paragem no novo projeto de mobilidade nacional. Outro tema sempre presente mereceu atenção em outubro: a poluição das suiniculturas. O Governo falhou mais uma tentativa de solução para um problema que se arrasta desde o século passado, entre promessas e mentiras. No terceiro aniversário sobre o grande incêndio que destruiu quase por completo o Pinhal de Leiria, veio o balanço das áreas florestais da região: o eucalipto está a ganhar terreno até ao pinheiro bravo. No que respeita à vida animal, ficámos a saber que a temida vespa asiática está a perder o medo e a chegar a zonas urbanas. Sem praxes devido à pandemia, o ensino superior começou o ano letivo com testes à Covid-19 no Politécnico. Mas ficámos a saber que o ISLA terá de encerrar portas em Leiria. Na área financeira, foi notícia a chegada do banco Crédito Agrícola, num “território” que era até agora exclusivo da Caixa Agrícola de Leiria. Na habitação, nem a pandemia nem o crescimento da oferta travou a subida do preço das casas. Em matéria gastronómica, medimos a temperatura à febre das pizarias em Leiria, onde elas crescem como cogumelos. Outubro foi mês de encontro para a candidatura de Leiria a Capital Europeia da Cultura, que realizou um grande congresso em Leiria e Caldas da Rainha. Em mês de aniversário, o REGIÃO DE LEIRIA publicou várias entrevistas. Entre elas, o historiador José Mattoso partilhou sapiência: “Os homens já deviam saber há muito que o poder corrompe”.

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Novembro

Em plena segunda vaga, a pandemia assustou todos com o número de mortos e infetados – e lançou grande preocupação sobre os lares. A Covid-19 colocou a região no mapa de maior perigosidade e obrigou ao recolher obrigatório em alguns concelhos. A crise virou vários negócios do avesso e trouxe até dificuldades em pagar o salário ao padre de Porto de Mós. A nível demográfico as notícias estiveram longe de ser melhores: novos dados revelados demonstram a desertificação do norte do distrito, onde o envelhecimento da população é superior à média nacional. Valeu a confirmação de que, de facto, Leiria estará na linha da alta velocidade, uma solução que irá reduzir para meia hora o trajeto de comboio até Lisboa e o Porto ficará a 50 minutos. Em Leiria, o chão autárquico “tremeu” com a entrevista de Raul Castro, que arrasou o sucessor em Leiria, Gonçalo Lopes, mas também Paulo Batista dos Santos, presidente da Câmara da Batalha, município que Castro já liderou e para o qual é falado como provável (re)candidato. Para Leiria, foi anunciado um novo parque verde, na zona de Santa Clara, nos Parceiros, cujo projeto foi aprovado após anos na gaveta. A nível económico, foi notícia a elevada capacidade da nossa região de captar para as empresas fundos comunitários.

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Dezembro

Natal não rima com pandemia e por isso este ficará na nossa memória como, muito provavelmente, o mais estranho Natal de sempre. Mas na região as câmaras mobilizaram-se para reforçar as ações de solidariedade, reduzindo investimentos em atividades e decorações. Cabazes chegaram a 1.300 famílias de Leiria, Batalha e Porto de Mós, ajudando a tornar menos difícil a celebração. No final do ano fizemos também o balanço de um sector em profunda agonia devido à Covid-19: o dos bares e discotecas, que vivem uma situação insuportável de portas encerradas. E ainda olhámos para dois espaços emblemáticos da região: o terminal ferroviário de mercadorias da Estação, em Leiria, e o património da Fábrica Escola Irmãos Stephens, na Marinha Grande, que dobram mais um ano sem que se lhes conheça destino. O ano foi profundamente ingrato para quem trabalha na cultura, mas para os museus da região dezembro trouxe vários prémios e menções até à Leiria, Batalha e Fátima. Dezembro foi o mês em que nos despedirmos de várias personalidades de ou com ligações à região. O desaparecimento de um símbolo de resistência e generosidade, Carlos Vieira, vítima de Covid-19, sensibilizou a comunidade. O nome, a fama e o exemplo do ciclista-bombeiro pode muito bem vir a inspirar a ciclovia de que se fala para ligar a nascente à foz do Lis, projeto anunciado em 6,6 milhões de euros. Com o fim do ano, contudo, veio um sopro de esperança: as notícias do início da vacinação em massa. E até há ciência da região no processo, com a participação de uma investigadora de Pombal no desenvolvimento de uma vacina portuguesa contra a Covid-19.

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